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Um físico da Universidade de Portsmouth projetou um experimento – que se provado correto – significa que ele terá descoberto que a informação é a quinta forma da matéria.

Um experimento que pode confirmar o quinto estado da matéria no universo  – e mudar a física como a conhecemos  – foi publicado em um novo artigo da Universidade de Portsmouth em 02 de Fevereiro de 2022.

O físico  Dr. Melvin Vopson  já publicou pesquisas sugerindo que a informação tem massa e que todas as partículas elementares, os menores blocos de construção conhecidos do universo, armazenam informações sobre si mesmas, de forma semelhante à forma como os humanos têm DNA. 

Comparativo da compreensão sobre o spin de um próton na década de 1980 e nos dias atuais. O spin é parte do conjunto de informações carregado pelas partículas. Tanto os quarks (vermelho, azul e verde) quanto os glúons (espirais amarelos) contribuem para o spin do próton. (Imagem: Reprodução/Laboratório Nacional de Brookhaven)

Agora ele projetou um experimento – que se provado correto  – significa que ele terá descoberto que a informação é o quinto estado da matéria, ao lado dos estados sólido, líquido, gás e plasma.

“Este seria um momento eureca porque mudaria a física como a conhecemos e expandiria nossa compreensão do universo. Mas não entraria em conflito com nenhuma das leis existentes da física. Não contradiz a mecânica quântica, eletrodinâmica, termodinâmica ou mecânica clássica. Tudo o que faz é complementar a física com algo novo e incrivelmente emocionante.”

Dr Melvin Vopson, Professor Sênior, Escola de Matemática e Física

A pesquisa anterior do Dr. Vopson sugere que a informação é o bloco de construção fundamental do universo e tem massa física.

Ele até afirma que a informação pode ser a indescritível matéria escura que compõe quase um terço do universo. 

Relação entre localização da matéria escura e a linha cronológica do universo segundo observações do Hubble. (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/R. Massey)

Ele disse: “Se assumirmos que a informação é física e tem massa, e que as partículas elementares têm um DNA de informação sobre si mesmas, como podemos provar isso? Meu último artigo é sobre colocar essas teorias à prova para que possam ser levadas a sério pela comunidade científica.”

Os cientistas ainda não sabem o que acontece com as informações de partículas que caem em um buraco negro. (Imagem: Reprodução/Gr@v — Gravitation @ Aveiro University )

O experimento do Dr. Vopson propõe como detectar e medir a informação em uma partícula elementar usando colisão partícula-antipartícula.

Representação esquemática do processo de aniquilação pósitron-elétron. 
(a) Processo padrão de aniquilação pósitron-elétron que produz apenas dois fótons gama de 511 keV e (b) processo de aniquilação pósitron-elétron que produz dois fótons gama de 511 keV e dois fótons adicionais de baixa energia a partir do apagamento de informações. 
Crédito: AIP Advances (2022). DOI: 10.1063/5.0087175

Ele disse: “A informação em um elétron é 22 milhões de vezes menor que a massa dele, mas podemos medir o conteúdo da informação apagando-o. Sabemos que quando você colide uma partícula de matéria com uma partícula de antimatéria, elas se aniquilam. E a informação da partícula tem que ir para algum lugar quando é aniquilada.”

O processo de aniquilação converte toda a massa restante das partículas em energia, tipicamente fótons gama. Quaisquer partículas contendo informações são convertidas em fótons infravermelhos de baixa energia.

No estudo, Dr. Vopson prevê a energia exata dos fótons infravermelhos resultantes do apagamento da informação.

Dr. Vopson acredita que seu trabalho pode demonstrar como a informação é um componente chave de tudo no universo e um novo campo de pesquisa em física pode surgir.

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Fonte: Universidade de Portsmouth

Artigo: AIP Advances

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